Diário do NORDESTE VIAGENS LONGAS
Exercícios ajudam a evitar trombose
25.09.2014
Em deslocamentos de muitas horas, o viajante precisa se movimentar regularmente, resguardando sua saúde
#guaramiranga25 DE SETEMBRO DE 2014
Enfrentar uma viagem ao Japão ou até a Austrália de avião não é fácil. Aliás, nem precisa ir tão longe assim: basta pegar um ônibus ou dirigir de Fortaleza a Recife. O percurso é cansativo e possivelmente entediante. Entretanto, estas não deveriam ser as únicas preocupações dos viajantes que precisarão passar muitas horas sentados em grandes deslocamentos até seu destino. A chamada "síndrome da classe econômica", apesar do nome irônico, realmente traz riscos à saúde do viajante, principalmente em relação a eventos trombóticos.
O mais comum nesses casos é a Trombose Venosa Profunda (TVP), causada pela imobilidade prolongada, que é o desenvolvimento de um trombo (coágulo de sangue) dentro de um vaso sanguíneo venoso, com consequente reação inflamatória do vaso, podendo esse trombo determinar obstrução venosa total ou parcial.
"A viagem prolongada é um fator de risco para eventos trombóticos. Esse trombo pode migrar da perna e ir para o pulmão acarretando em uma embolia pulmonar", detalha o angiologista Carmelo Silveira Carneiro Leão Filho, da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular no Ceará.
Risco é elevado
Segundo explica, a embolia pulmonar - quando o trombo se desloca de seu local de formação e viaja para o fornecimento sanguíneo arterial de um dos pulmões - é grave e pode ocasionar a morte. O especialista destaca, inclusive, que a incidência de trombose em pessoas que estão viajando por mais de três horas chega a ser maior do que a ocorrência em pessoas que não estão, o que torna esses deslocamentos mais extensos em avião ou ônibus um fator de risco.
Prevenção
A recomendação em relação à trombose depende do tipo de viajante. Se a pessoa possui fatores de risco, como ter câncer, ter feito cirurgia recente ou já ter sido diagnosticada com trombose no passado, deve, antes da viagem, procurar um médico. O especialista provavelmente vai recomendar a utilização de meias de compressão, indicadas para melhorar a circulação, e o uso de medicamentos profiláticos, que evitarão o problema, conforme orienta Carmelo.
Já para aqueles que não possuem os fatores de risco supracitados, a recomendação é beber bastante líquido durante a viagem, usar meias elásticas e, se possível, fazer pequenas caminhadas regulares durante o deslocamento. É recomendável ainda que o viajante evite a ingestão de bebida alcoólica.
O angiologista orienta ainda que o viajante procure ajuda médica caso comece a sentir dor na perna ou inchaço na panturrilha nos primeiros dias após a viagem. Caso esses sintomas sejam detectados ainda durante o voo, também é recomendável procurar ajuda médica assim que possível. O especialista passará um ultrassom que vai, ou não, detectar a trombose, se for o caso. No mais, caminhadas, flexões e a extensão do pé devem ajudar a minimizar os transtornos.
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