O diretor do Grupo Edson Queiroz, Igor Queiroz Barroso, recebeu a mais alta graduação da entidade.
O diretor do Grupo Edson Queiroz, Igor Queiroz Barroso, foi empossado, na noite de ontem, na dignidade de Membro Benemérito da Academia Cearense de Literatura e Jornalismo (ACLJ), a mais alta graduação da instituição. A cerimônia contou com a presença de dona Yolanda Queiroz, presidente do Grupo Edson Queiroz, que também já foi agraciada com o título, a exemplo do presidente da Fundação Edson Queiroz, Airton Queiroz. O nome de Igor Queiroz Barroso foi aprovado de forma unânime pela Decúria Diretiva da entidade, após a proposição do acadêmico titular Reginaldo Vasconcelos.
"É a primeira homenagem que recebo na minha vida dessa forma e vinda de uma Academia que eu admiro profundamente, porque está ligada ao Jornalismo. E eu, por ter trabalhado durante seis anos no Sistema Verdes Mares, aprendi a amar o Jornalismo, que traduz o cotidiano em letras. E a literatura, então, é maravilhosa, porque muda a nossa forma de ler o mundo. A cada livro que você lê, você cresce um pouquinho como ser humano. Estar passando a fazer parte da Academia Cearense de Literatura e Jornalismo é, para mim, uma honra tremenda", exclamou Igor Queiroz Barroso.
No início da solenidade, o empresário homenageado recebeu algumas palavras, em forma de vídeo, de outros membros beneméritos da ACLJ que não puderam estar presentes, como o empresário Beto Studart e o cartunista Hermínio Macedo Castelo Branco, o Mino.
O proponente da homenagem, Reginaldo Vasconcelos, saudou o principal laureado da noite fazendo referência à ascendência notável de Igor Queiroz Barroso.
"Já pertencem a essa casta acadêmica especialíssima, em que Igor ingressa agora, tanto sua ilustre avó, Yolanda Queiroz, quanto o primogênito dela e tio dele, Airton Queiroz, ambos sucessores do grande Edson Queiroz. Porém, ao instituirmos a Medalha Parsifal Barroso, honra reservada aos grandes ícones das letras cearenses, notamos que Igor, no âmbito da ACLJ, já é sucessor desse ilustre paraninfo, seu avô paterno, jornalista, professor e advogado de destaque, bem como ex-governador do Estado do Ceará, no tempo em que a maioria dos homens públicos da política eram honrados", declarou Vasconcelos.
Ele referiu-se ainda aos méritos pessoais de Igor Queiroz Barroso, que o creditam como merecedor da indicação a membro da ACLJ. "É claro que a ascendência ilustre, mesmo nos quatro postados, no caso de Igor, não credencia alguém per si, a ingressar em qualquer de nossas categorias acadêmicas. Entretanto, essa circunstância de ancestralidade honrosa ganha grande importância quando, além dela, a pessoa tem méritos próprios, tem afinidades com a cultura e as artes e serviços importantes prestados à literatura e à imprensa, tem virtude moral e caráter nobre e faz gosto em se integrar à confraria. Este é, precisamente, o caso do empresário Igor Queiroz Barroso".
Condecoração
Yolanda Queiroz foi a responsável, em seguida, por envergar em Igor Queiroz Barroso a pelerine da Academia Cearense de Literatura e Jornalismo, acompanhada da esposa do empresário, Aline Félix Barroso. Logo após, Régis Barroso condecorou o filho com o broche da instituição.
Durante a cerimônia, na sede da Associação Cearense de Imprensa (ACI), houve a outorga da Medalha Governador Parsifal Barroso ao jornalista João Ciro Saraiva, autor de obra sobre a vida política no Ceará. O laureado foi representado pelo neto, Jonatas Sampaio Saraiva, que recebeu a homenagem das mãos de Igor Queiroz Barroso. O compositor e produtor musical Amaro Pena foi condecorado como Membro Honorário da ACLJ.
Honra e desafio
"O Ceará adquiriu, ao longo do tempo, uma valiosa reputação nacional por criar e manter entidades e instituições culturais que promovem a qualificação intelectual e o avanço civilizatório de sua sociedade. Os primórdios dessa tradição podem ser traçados na campanha pela Abolição da Escravatura em virtude da qual o Ceará ganhou o título de Terra da Luz. A agitação cultural cearense começou com a Academia Francesa, uma associação literária e científica fundada em 1872 em Fortaleza. Marca de pioneirismo na área foi a criação da Academia Cearense de Letras em 1894, antes mesmo da instalação da Academia Brasileira de Letras. Mas o ponto alto do período de efervescência se deu com a famosa Padaria Espiritual, idealizada pelo poeta Antônio Sales, para fazer intercâmbio dos cearenses com os escritores de todo o Brasil e do estrangeiro.
Na esteira desses brilhantes antecedentes, insere-se a nossa Academia Cearense de Literatura e Jornalismo, que tem o objetivo de servir à educação e à cultura cearense dentro dos padrões de renovação de mentalidade exigidos pela contemporaneidade. Com efeito, a nossa Academia, não somente cumpre a tradição histórica das entidades culturais, como também executa um dever de responsabilidade social, ao complementar à ação sempre insuficiente do poder público no que diz respeito à ampla e permanente difusão da cultura local.
Comungando com iguais propósitos, é com imensa alegria e com justo orgulho que recebo o título de 12º Membro Benemérito da Academia Cearense de Literatura e Jornalismo. Engrandece a mim, ainda tão jovem, receber uma comenda que já distinguiu minha querida avó, Yolanda Queiroz, e o meu admirado tio, chanceler Airton Queiroz, para citar apenas meus parentes na lista dos já homenageados por essa atuante entidade.
Desde os tempos dos bancos escolares, tenho cultivado os hábitos ligados à literatura, ao jornalismo e à música, que me foram transmitidos por meus estimados pais e mestres. Entre as leituras que sempre me fascinaram, cito em primeiro lugar a Bíblia Sagrada, o livro por excelência, que se tornou a base de minha formação moral e espiritual. Já a obra do escritor alemão Thomas Mann me impressionou pela sua análise psicológica da condição humana e foi decisiva na minha formação intelectual. Mas gostaria de enfatizar a importância do brasileiríssimo Machado de Assis, cujo talento na arte de escrever me deu inesgotáveis lições de vida. Com o romance de Brás Cubas, aprendi a enfrentar dificuldades da existência com as tintas da ironia; com o sábio conto O Alienista, comecei a cultivar a tolerância e a fazer meu exercício de humildade.
Uma das minhas experiências mais profícuas foi ter trabalhado na diretoria administrativa do Diário do Nordeste durante cinco anos. Ali, no convívio com profissionais de primeira linha, conheci de perto a relevância do Jornalismo para a construção de uma sociedade consciente. Desde então, leio os jornais diariamente como fontes acreditadas de informação e opinião, divulgadas com ética e responsabilidade.
Quanto às atividades pessoais, tenho edificado laboriosamente minha própria trajetória empresarial. Além das funções diretivas no Grupo Edson Queiroz, desenvolvo paralelamente negócios particulares, para expandir minhas habilidades e demonstrar meu valor individual. Assim, fundei e controlo três empresas nas áreas de informática, finanças e imóveis. Mas, consciente de que não devo trabalhar só para mim e que devo contribuir para uma sociedade mais justa, associei-me a uma acreditada organização e me tornei presidente da Junior Achivement, para o Nordeste, a qual promove projetos de empreendorismo e cidadania nas escolas públicas. Invisto-me da função de professor e dou aulas para jovens alunos que podem descobrir sua vocação e obter o resgate social como agentes econômicos ativos.
Ao ser participado da concessão do título de sócio benemérito dessa Academia, o preclaro Acadêmico Reginaldo Vasconcelos destacou como uma das razões da escolha que sou 'detentor da tradição e da genética de dois gigantes da vida pública cearense', meus avós Governador Parsifal Barrosos e Empresário Edson Queiroz. Ambos secundados por duas grandes mulheres, Dona Olga e Dona Yolanda.
Senhores Acadêmicos, prezados Amigos. Descender de tão ilustres estirpes, tanto pelo lado paterno quanto materno, é uma honra e um enorme desafio. Desafio, não de ser maior ou superar aqueles 'dois gigantes' no número e na magnitude de seus efeitos e realizações; nunca poderia ser essa minha pretensão. Meu desafio é apenas ser um neto digno do sangue deles, à altura da dignidade deles; de modo que as pessoas de meu relacionamento, ao apreciar meus atos, possam de logo identificá-los com a nobreza do caráter de meus avós e o fulgor de suas inteligências.
Por essa vinculação com meus inolvidáveis ascendentes é que estou sumamente feliz com o título que acabo de receber e pelo qual agradeço a generosidade dos membros das Academia Cearense de Literatura e Jornalismo. Nesta oportunidade, parabenizo o Jornalista J. Ciro Saraiva a quem está sendo outorgada a Medalha Governador Parsifal Barroso. A todos os amigos que comparecem a esta solenidade, muito obrigado".
Igor Queiroz Barroso
Diretor do Grupo Edson Queiroz
Igor Queiroz Barroso foi condecorado pelo pai, Régis Barroso, após receber a pelerine da Academia das mãos da avó, dona Yolanda Queiroz
FOTO: KIKO SILVA