Jornal O POVO RIO SÃO FRANCISCO 12/05/2014 Governo vai investir R$ 9 mi em dragagem A navegação do Rio São Francisco está comprometida. Um dos motivos é a seca. Para combater a falta de navegabilidade, o Governo Federal prometeu investir recursos

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#guaramiranga 12 DE MAIO DE 2014
O Ministério dos Transportes informou que investiu R$ 3,7 milhões na manutenção do São Francisco em 2013. A pasta ainda estima gastar outros R$ 9 milhões para reverter o assoreamento. O edital de licitação para a dragagem do rio foi lançado no último mês.


O ministério também informou que está em curso um estudo detalhado do rio que permitirá investimentos em ações mais consistentes a partir de 2015, como retirada de pedras.


Os efeitos da seca também já trazem consequência para o setor de energia elétrica. O volume de água liberado da barragem de Sobradinho caiu de 1.300 m³/s para 1.100 m³/s, para que se possa acumular mais água.


A situação no reservatório de Itaparica é ainda pior que a de Sobradinho, que está com pouco mais da metade de sua capacidade (57%). A outra barragem tem apenas 29% da capacidade.


De 2012 para cá, a geração hidráulica de energia tem perdido espaço no Nordeste, onde o São Francisco era a principal fonte de energia.


De acordo com a Chesf (Companhia Hidrelétrica do São Francisco), se em 2012, 74% da energia fornecida à região vinha das usinas hidrelétricas e 7% vinham das termoelétricas, hoje, cada uma dessas fontes responde por 36%.


O restante vem de outras regiões do país (25%) e de geração eólica (3%).


Últimos 50 anos

A já limitada navegação no rio São Francisco ficou ainda mais comprometida pela pior seca dos últimos 50 anos na região do semiárido. Antigos problemas de erosão das margens e de assoreamento somam-se agora à diminuição do nível do rio, expondo rochas ao longo dos 1.579 quilômetros navegáveis.


A única empresa que ainda transporta cargas pelo São Francisco ameaça trocar o rio pela rodovia, mudança que aumentaria os custos da indústria que depende do caroço de algodão do oeste baiano.


A profundidade média normal no trecho entre as cidades baianas de Ibotirama e Juazeiro é de 2,5 metros. Em alguns pontos, está em 1,80 metro. (da Agência Brasil)

Imagem:FÁBIO POZZEBOM/AGÊNCIA BRASIL

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