O emprego no setor industrial já caiu 2% nos primeiros três meses do ano, em comparação ao ano passado, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em relação ao último trimestre do ano passado, o ritmo de contração foi menor, de 0,3% - o quinto resultado negativo consecutivo neste tipo de análise. Apesar disso, foi observada uma diminuição do ritmo de queda no emprego da indústria nos últimos trimestres - no terceiro período do ano passado o indicador havia caído 1% ante o trimestre anterior, enquanto nos últimos três meses o recuo foi de 0,6% na mesma base de comparação.
Entre março de 2013 e 2014, o indicador caiu 1,9% - o 30º resultado negativo consecutivo nesse tipo de confronto. Contudo, em relação a fevereiro deste ano, a indústria empregou em março 0,2% trabalhadores a mais. Em 12 meses até março, o pessoal ocupado no setor registrava queda de 1,4%.
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Salário - Em março, o salário dos trabalhadores da indústria - valor já ajustado sazonalmente - recuou 2,1% ante fevereiro, devido, especialmente à influência negativa da indústria de transformação (queda de 1,5%) e do setor extrativo ( retração de 1,5%). Na comparação com igual mês do ano anterior, porém, a folha de pagamento desses trabalhadores cresceu 0,5%. Assim, no primeiro trimestre, valor da folha de pagamento real na indústria avançou 2,1% frente a igual período do ano anterior, mesma taxa de crescimento na comparação anual.
Ainda segundo o instituto, o número de horas pagas aos trabalhadores da indústria em março de 2014, já descontadas as influências sazonais, mostrou variação negativa de 0,3% frente a fevereiro. Em relação a março do ano passado, houve recuo de 2,4% - a 10ª taxa negativa consecutiva. Com isso, no primeiro trimestre, o número de horas pagas na indústria caiu 0,4% ante outubro a dezembro de 2013 e contraiu-se 2,3% em comparação a janeiro a março do ano passado.
Produção - Na semana passada, o IBGE divulgou que a produção industrial brasileira caiu 0,5% em março em relação a fevereiro, e recuou 0,9% na comparação com o mesmo mês do ano passado. A queda ocorre depois de dois meses de crescimento. Com os novos dados, no ano o indicador acumula alta de 0,4% no primeiro trimestre - nos últimos doze meses, a produção industrial subiu 2,1%. Os números de fevereiro, que mostravam alta de 0,4%, foram revisados para estabilidade (0%).