Uma semana após a divulgação do último boletim epidemiológi-co do mês de abril, a Secretaria da Saúde do Estado (Sesa) já aponta mais casos de Sarampo. Até o dia 25 do mês passado, o Ceará contabilizava 138 ocorrências. Já no primeiro dia do mês, outra pesquisa teve 161 confirmações da doença somente neste ano, ou mais de 80% dos casos de todo o Brasil.
Apesar da campanha de vacinação contra o sarampo no Ceará ter atingido a cobertura de 100% do público alvo, imunizando crianças de seis meses de vida até menores de cinco anos de idade, o Ministério da Saúde e a Sesa mantêm municípios, hospitais, clínicas, unidades de saúde, laboratórios, portos, aeroportos (públicos e privados), municípios limites com outros Estados sobre orientações de detecção, diagnóstico e medidas de prevenção e controle do sarampo.
O objetivo é manter a erradicação do sarampo e rubéola, através de uma vigilância epidemiológica sensível, ativa e oportuna, permitindo a identificação e notificação imediata de todo e qualquer caso suspeito na população, com adoção das medidas de controle pertinentes, assim como monitorar as demais condições de risco.
Confirmação
Dos 38 municípios notificados com a suspeita do sarampo, apenas 12 deles, ou 31,5%, tiveram a doença confirmada. Fortaleza lidera o ranking com 118 casos, seguido de Uruburetama, com 28. Os municípios de Trairi e Caucaia registraram 3 confirmações. Já em Aracati, Camocim, Itaitinga, Itapipoca, Jaguaribe, Maracanaú e Maranguape, apenas um caso de sarampo foi confirmado em cada cidade. Entretanto, no mês de março foram confirmados casos apenas no município de Fortaleza.
Em caso de suspeita da doença, deve-se tomar a vacina tríplice viral, vacinação dos contatos suscetíveis e atualização da situação vacinal da população exposta. Outra forma eficaz de prevenção é manter a comunidade bem informada sobre o vírus, abordando, de forma clara, como se prevenir e controlar esse tipo de doença, e, além disso, deixar a população ciente quanto ao dever de informar ao serviço de saúde mais próximo a existência de um caso suspeito de sarampo.
Doença
O sarampo, muito comum na infância, é uma doença infecciosa aguda, de natureza viral, grave, transmissível e extremamente contagiosa. O contágio acontece de pessoa para pessoa, através das secreções expelidas ao tossir, espirrar, falar ou respirar. Essa forma de transmissão é responsável pela elevada contagiosidade da doença. O vírus pode ser transmitido também por dispersão de gotículas com partículas virais no ar, em ambientes fechados, como escola e clínica.
O período de incubação pode durar entre oito e 13 dias. Depois começam a aparecer os principais sintomas, como o aparecimento de pequenas erupções na pele (exantemas) de cor avermelhada, febre alta, dor de cabeça, mal-estar e inflamação das vias respiratórias, com presença de catarro.