A redução nos preços de seis produtos, principalmente da farinha, da banana e do tomate, influenciou o valor final da cesta básica de Fortaleza em junho que registrou deflação de -1,99%. Após três altas consecutivas o conjunto dos 12 produtos que compõem a cesta foi adquirido por R$ 298,01. Mesmo com a queda, a cesta da capital cearense, que já foi uma das mais baratas da região, é a segunda mais cara da Região Nordeste.
Os dados são da Pesquisa da Cesta Básica de Alimentos, divulgada ontem pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), que apurou diminuição de preços dos produtos alimentícios essenciais em 10 das 18 capitais pesquisadas mensalmente.
A economista do Escritório do Dieese no Ceará, Bruna Frazão, explica que as boas produções no estado e a maior oferta de produtos vindos de outros locais ajudou a reduzir o valor da cesta que, em maio, chegou a R$ 304,06, o maior valor já verificado em Fortaleza.
Considerando as variações semestral e anual da cesta, observa-se que a alimentação básica em junho de 2014 (R$ 298,01) esteve mais cara do que em dezembro de 2013 (R$ 273,47) e em junho de 2013 (R$ 292,86). No semestre, os produtos que tiveram maior elevação nos preços, foram o tomate (42,58%), o óleo (14,43%) e a banana (10,43%).
Em igual período as menores reduções foram da farinha (-21,86%) e o feijão (-12,8%) e na série de 12 meses as reduções mais significativas ocorreram nos preços do feijão (-45,22%) e da farinha (-31,04%).
Variações
De acordo com o Dieese, os recuos dos preços da cesta básica, em junho, foram influenciados principalmente pelos seguintes produtos: feijão, batata, óleo de soja, banana e tomate. Carne, leite e arroz apresentaram aumentos na maioria das capitais
Bruna Frazão explica que o produto que mais pesa no valor da cesta é a carne. No mês passado, representou a terceira maior variação, com o trabalhador tendo que desembolsar R$ 82,71 para adquirir os 4,5 quilos do produto definidos na cesta básica
As maiores quedas no valor da cesta básica foram registradas em Belo Horizonte (-7,33%), Campo Grande (-4,55%), Porto Alegre (-4,00%) e São Paulo (-3,25%). As altas mais expressivas foram observadas no Norte e Nordeste: Manaus (6,08%), João Pessoa (3,43%), Aracaju (2,45%) e Recife (1,53%). Florianópolis foi a única capital do Sul que apresentou aumento no valor da cesta (0,98%).
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